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AMAA: um espaço para acolher e atender autistas

Publicado: 17/01/22 às 08h27

Arquivo Pessoal

Associação oferece atendimento gratuito nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e assistência social.


Desde o dia 6 de agosto deste ano, autistas e familiares têm um endereço certo para buscar orientação e também atendimento em Apucarana. Após anos de luta foi inaugurada a Associação de Pais e Amigos dos Autistas Apucaranenses (AMAA), que em 3 meses já disponibilizou cerca de 140 horas de atendimentos. “O projeto principal é oferecer atendimentos semanais com terapias multidisciplinares nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e assistência social”, afirma a presidente da AMAA, Maria Honorato. 

Segundo a presidente da AMAA, para desenvolver esse projeto, já foram realizados encontros de capacitação com os terapeutas e reuniões mensais com estudo e acompanhamento de casos, com o intuito de estabelecer protocolos de atendimento. “A ideia central é estimular a autonomia, o desenvolvimento da comunicação e da socialização e a independência de autistas, assim como orientar as famílias”, revela.

Maria observa que os profissionais devem ser ca pacitados e conhecer a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), uma vez que essa ciência é comprovadamente eficaz para o ensino de habilidades em pessoas com Transtorno do espectro Autista (TEA). “No momento, estamos com uma equipe multidisciplinar clínica que trabalha unida em prol do diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes”, afirma.   

“Acredito que os pais, profissionais de saúde, professores e cuidadores estão se mobilizando para construir um mundo mais acolhedor para as pessoas com TEA. E o empenho dos pais e familiares é muito importante, pois quanto mais cedo se tem acesso ao diagnóstico e tratamento, maiores as chances de desenvolvimento”, avalia a presidente da AMAA.    

ACOLHIMENTO FAMILIAR 

A presidente da AMAA avalia que uma atividade muito importante e que complementa o trabalho terapêutico é o serviço de acolhimento e orientação familiar, pois, quando o familiar recebe o diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), precisa aprender e entender como lidar com a situação. “Pretendemos prepará-los com os cuidados necessários”, afirma.

NOVOS PROJETOS 

A AMAA prepara dois projetos com foco no desenvolvimento de habilidades da pessoa autista. São eles:

Projeto Tecnologias da AMAA - Capacitação de autistas para o mercado de trabalho através das tecnologias a ser realizado com os adolescentes;

Projeto de Psicomotricidade - Tem por objetivo o desenvolvimento da criança com TEA, que contribuirá para melhorar a coordenação motora, que por sua vez, ajudará na aprendizagem da leitura, escrita, concentração e raciocínio lógico. 

QUEM PODE PROCURAR A AMAA 

Acolhemos todos os casos que comprovadamente forem diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista e que tenham possibilidade de serem tratados por especialistas através da equipe multidisciplinar, revela Maria Honorato.
No momento, a AMAA tem alguns critérios para atendimentos: 1. Ter diagnóstico de Autismo; 2. Cadastro na instituição e no CAD Único; 3. Ser pessoa de vulnerabilidade social.

“Na nossa região, ainda é muito escasso o tratamento para pessoas com autismo. As APAES e o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) são as instituições que oferecem apoio gratuito às famílias e a pessoas com autismo”, comenta Maria Honorato. No entanto, ela afirma que a AMAA, nesse momento, não tem condições de acolher pessoas de outras cidades, pois Apucarana apresenta um número significativo de autistas. 

A AMAA

A AMAA é uma entidade sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover o atendimento às pessoas com TEA, auxiliando no desenvolvimento de habilidades sociais e terapêuticas. Os programas e projetos têm como missão específica buscar a mobilização dos setores públicos e sociais para atuarem em parceria com a AMAA. 

Para manutenção dos projetos, Maria comenta que a AMAA conta com apoio de pessoas que ajudam nas promoções de rifas, venda de alimentos, bingos e também com verbas de emendas parlamentares do setor público.