Publicado: 08/11/21 às 16h27
Foto divulgação
A perda involuntária de urina atinge quatro de
cada dez mulheres. Os homens também sofrem com incontinência urinária, porém duas
vezes menos. Outro problema comum enfrentado pelo enfraquecimento do assoalho
pélvico é a incontinência fecal e também o prolapso (abaulamento) de órgãos
como bexiga e reto, entre outros.
O problema, apesar de comum, ainda enfrenta certa
resistência por ser tratar de algo íntimo. Porém, a fisioterapeuta Lana Daniele
da Silva, de Apucarana, observa que a Fisioterapia Pélvica é um recurso valioso
no tratamento dessas situações e também de prevenção. Formada em Fisioterapia e
graduanda em Fisioterapia Pélvica, ela esclarece os principais pontos dessa
especialidade. Confira!
Hope - O que é a Fisioterapia Pélvica e qual a sua
finalidade?
Lana - A Fisioterapia Pélvica atua na reabilitação das
disfunções do assoalho pélvico, que é um conjunto de músculos, também chamados
de MAP, e ligamentos que sustentam órgãos como bexiga, útero, intestino e tudo
que fica na região baixa do abdômen.
É considerada uma das melhores opções de tratamento das
disfunções pélvicas, podendo ser realizada de forma preventiva, ou seja, antes
que a doença se instale. A Fisioterapia Pélvica ajuda a adiar, em alguns casos,
a intervenção cirúrgica ou até evitar o procedimento cirúrgico.
Hope - Quais as funções dos músculos do assoalho pélvico
(MAP) na mulher e no homem?
Lana - A MAP é perfurada pelos canais da uretra,
vagina e reto. Assim, sua contração auxilia na continência urinária, na função
sexual e na continência fecal.
Na mulher favorece a ereção, lubrificação e orgasmo. No
homem, a MAP é fundamental para o aumento da pressão sanguínea dentro do pênis,
potencializando a ereção.
Por esse motivo, quando a MAP está fraca ou lesionada, ela
não consegue contrair o suficientemente sobre esses canais. O resultado pode
ser incontinência de urina e fezes, disfunções sexuais, incluindo flatos
(gases) vaginais e disfunção erétil.
Por outro lado, a contração exagerada, incoordenada ou
inconsciente da MAP pode causar retenção urinária, dor sexual, ejaculação
precoce e constipação intestinal.
É a MAP que também sustenta os órgãos pélvicos, além do bebê
durante a gestação.
Cada vez que algo empurra os órgãos para baixo, ao tossir,
rir ou fazer algum outro esforço físico, a MAP contrai vigorosa e
automaticamente para empurrar os órgãos para cima, evitando que eles saiam de
suas posições normais.
Se, por lesão ou fraqueza, a MAP não conseguir sustentar os
órgãos, eles descem de suas posições originando os prolapsos genitais (bexiga
caída ou útero caído).
Hope - Por que a Musculatura de Assoalho Pélvico (MAP)
enfraquece?
Lana - De um modo geral, o envelhecimento tem papel decisivo
no enfraquecimento natural da Musculatura de Assoalho Pélvico.
Todas as situações que aumentam a pressão intra-abdominal
(tossir, espirrar, rir, levantar objetos pesados, praticar esportes, inclusive
musculação) sobrecarregam a MAP.
Como qualquer outro músculo do corpo, se a MAP não está
forte o suficiente para responder a esses esforços, ela pode ir acumulando
lesões e enfraquecendo progressivamente.
Praticamente todas as mulheres, após os 50 anos de idade,
apresentam algum grau de fraqueza da MAP e sinais, mesmo leves, de início de
incontinência.
Como todo músculo, a MAP é intimamente dependente dos
chamados hormônios esteroides, estrogênio e testosterona. Com o avançar da
idade, as taxas destes hormônios caem naturalmente.
Na mulher, a menopausa é o ponto culminante desta queda,
quando a MAP enfraquece muito mais rápido. De modo semelhante, a andropausa, no
homem, também causa o enfraquecimento, mas de modo menos agressivo.
Alguns tipos de cirurgias ginecológicas também podem acabar
lesionando e enfraquecendo a MAP, o que explica por exemplo a ocorrência de
incontinência urinária após alguns procedimentos.
Hope - É possível prevenir o enfraquecimento da Musculatura
de Assoalho Pélvico?
Lana - Sim, como qualquer outro músculo, a MAP pode e deve
ser mantida forte, sadia e ativa durante toda a vida por meio do exercício.
Existem diversos tipos de exercícios que podem ser realizados e não há
diferença para homens e mulheres, uma vez que a musculatura é praticamente a
mesma para ambos.
Exercitar constantemente a MAP, além de evitar o
enfraquecimento e com ele todos os transtornos citados, melhora ainda a
irrigação sanguínea desta musculatura favorecendo as condições necessárias a um
orgasmo eficaz e diminui a ação degenerativa do envelhecimento sobre o sistema
urogenital, evitando as disfunções sexuais associadas, e do homem,
especialmente quanto à disfunção erétil.
Assim como qualquer exercício físico, o treino da MAP requer
persistência e precisão nos movimentos, sendo ideal o monitoramento por uma
fisioterapeuta especializada, pois se realizados de maneira incorreta os
exercícios podem ser prejudiciais, causando efeito inverso ao desejado, ou
seja, enfraquecendo ainda mais os músculos.
Fisioterapeuta Responsável: Dra. Lana Daniele da Silva
CREFITO: 314424-F
Graduada pela Faculdade de Apucarana – FAP – Apucarana/PR
Pós-graduanda em Fisioterapia Pélvica pela Faculdade
Inspirar – Unidade Londrina/PR.
Serviços oferecidos:
Fisioterapia Pélvica Masculina e Feminina.
Harmonização Íntima Feminina.
Fisioterapia Preventiva para Terceira Idade.
Fisioterapia na Gestação.
Spa de Massagens Masculino e Feminino
Massagem relaxante manual e com pedras quentes, terapêutica
com óleos essenciais e drenagem linfática.
Acupuntura Auricular
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