Publicado: 13/08/21 às 14h37
Vista do Estreito de Gilbratar (Imagem divulgação)
Com certeza, você conhece um pouquinho do Marrocos, seja
pelas lentes da novela O Clone, da rede Globo, ou pelo
filme Casablanca. O país realmente é encantador. Reúne inúmeros
contrastes, exotismo e história a saltar à vista com as medinas (como são
conhecidos os antigos centros cercados de muralhas e ruas estritas). A natureza
é um espetáculo à parte, logo na chagada, o visitante é presentado pela vista
do Estreito de Gibraltar.
As marcas da colonização francesa ainda estão presentes no
idioma, mas o turista também consegue se comunicar em árabe (língua oficial) e
dá para arriscar o espanhol, afinal a costa marroquina, ao norte, está a 60
minutos do sul da Espanha de barco, trajeto explorado pelo turismo de ambos
países.
Rabat, a capital do país, não tem um turismo tão aquecido
quanto Marrakesh, a cidade mais famosa e badalada do Marrocos com seus
hotéis, spas e resorts de luxo. Tânger, Fez, Casablanca e
Essaouira são outros destinos igualmente procurados pelos turistas, seja por
suas praias encantadoras ou por seu comércio atraente e barato.
Marrakech! A “cidade vermelha”
Com quase mil anos de existência, é o destino mais popular
entre os turistas no Marrocos. Não à toa, pois há muito o que fazer em
Marrakech! A “cidade vermelha”, como é chamada, devido à cor predominante das
construções, tem uma energia diferente.
A cidade mistura o
tradicional com o contemporâneo, o que garante uma ótima experiência para os
visitantes. Em uma parte de Marrakech, você vai se deparar com locais de cores
vibrantes, aromas orientais, passeios em carruagem e muitas riquezas
arquitetônicas, como dos palácios e mesquitas.
Já na outra parte, você vai encontrar amplas
avenidas, boutiques de luxo e locais festivos. Dois pontos
turísticos indicados são o Jardim Majorelle e a Mesquita Koutoubia.
Medina - Medina (ou Almedina) é o nome de antigas
cidades muradas, que hoje são a parte histórica do centro urbano. É onde
se concentram mercadinhos, mesquitas, jardins e restaurantes em torno de ruas
bem estreitas, pelas quais não passam carros.
Praça Jemaa El Fna - Fundada no século XII, é
fácil notar toda a excentricidade de Marrakech em um só lugar. Uma
grande praça central cercada por cafés e ruas que nos convidam para passeios
intermináveis entre as lojinhas e vielas que vão surgindo.
Souk Semmarine - Souk significa mercado, em árabe.
Vale lembrar que a personagem Jade, da nostálgica novela O Clone, caminhou por
esses mesmos corredores. A Souk Semmarine é uma das várias ruas repletas de
lojinhas tradicionais dentro da Medina. Ali você se encantará com a riqueza de
cores, aromas e formas. São joias, tecidos, temperos e produtos em geral,
vendidos por comerciantes que adoram negociar, não importa em qual idioma.
Jardim Majorelle - Obra mais famosa do pintor francês
Jacques Majorelle, que passou 40 anos trabalhando nas pinturas e na jardinagem.
Reúne espécies de diversos lugares do mundo, mas a estética remete ao estilo
tradicional dos jardins marroquinos. Por isso, é uma explosão de cores e formas
incríveis.
Na década de 1980, o designer de moda Yves Saint Laurent
adquiriu o jardim, que hoje guarda as cinzas dele.
Mesquita Koutoubia - A maior mesquista de Marrakech
tem 1 mil anos e até hoje funciona como templo religioso. Para uma noção do
tamanho da Koutoubia, o minarete (torre) tem 70 metros de altura, quase o dobro
do nosso Cristo Redentor. Completa esse cartão-postal a pintura avermelhada,
que contribui com o apelido de “cidade vermelha”.
Passeio no deserto do Saara - Pela proximidade, uma
das opções de o que fazer em Marrakech é visitar o deserto do Saara, um dos
maiores do mundo. Tal experiência é uma aventura à parte, que normalmente exige
pelo menos 2 dias e 1 noite para um passeio básico.
Tânger: berço de conquistadores e artistas
Ao sudoeste deste ponto onde os lendários Mar Mediterrâneo e
o Oceano Atlântico se encontram, ou seja, no famoso Estreito de
Gibraltar, está a brilhante e enigmática Tânger, uma das cidades mais
peculiares e turísticas do norte de Marrocos.
Tânger tornou-se um porto de referência para a
grande maioria dos cruzeiros pelo Atlântico, duas das suas principais
características. Qualquer época do ano é adequada para viajar a Tânger.
Tânger também é conhecida por ser inspiração de diversos pintores, como Henri
Matisse, que pintou, em 1912, uma de suas mais belas obras: “Janela em Tânger”.
O azul do Mediterrâneo e do Atlântico, o branco das
construções, a brisa que sopra na Baía de Tânger, o burburinho dos bares e dos
estreitos caminhos da medina (a cidade antiga) que encantaram Matisse atraíram
outros pintores à cidade. Os também franceses Delacroix e Degas, além do
anglo-irlandês Francis Bacon e do britânico George Apperley, viram em Tânger
fonte de inspiração. E a cidade continua envolvendo e atraindo turistas de todo
o mundo.
Em Tânger, além do Grand Souk, vale conhecer Kasbah, a Grande
Mesquita e a Gruta de Hércules.
Kasbah - O ponto mais alto da cidade possui
excelentes vistas sobre o Estreito de Gibraltar e do país vizinho, Espanha.
Também está isolado do resto da Medina por suas paredes, onde abre-se uma porta
para um grande pátio, que leva ao antigo palácio Dar el-Makhzem, que hoje
abriga um museu.
Grande Mesquita - Construída no mesmo local de uma
antiga catedral portuguesa, a Grande Mesquita (Grand Mosque) é uma boa parada e
merece uma boa foto. Se tiver a oportunidade, vale a pena conhecer mais sobre a
história do lugar.
Cabo Espartel - Situado na costa marroquina, perto de
Tânger, o penhasco de 110 metros de altura sobre o mar abriga um farol cuja luz
se pode ver a 23 milhas náuticas. O cabo parece com uma ilha quando é visto de
alguns pontos, o que acaba atraindo muitos turistas – antigamente era conhecida
como Cabo Ampelusia.
Gruta de Hércules - A gruta, conhecida pela língua local como Grottes
d’Hercule, é um dos pontos turísticos mais populares e bonitos de Tânger. A
iluminação colocada dentro da gruta deixa o lugar fantástico, além da fenda que
tem vista para o mar.