Publicado: 23/12/19 às 17h10
Jornalista Izaias Lopes
Localizada a 54 Km de distância de
Apucarana, Londrina é uma das primeiras cidades paranaenses a proibirem a
“utilização dos fogos de artifício e/ou artefatos pirotécnicos com estampido ou
estouro”.
Lá, quem descumprir o exposto na
norma pode ser multado no valor de R$ 500,00 inicialmente, podendo chegar a R$
2.000,00 em caso de reincidência.
"Os fogos de artifício com
barulho causam incomodo às pessoas com autismo, aos bebês, àqueles que estão
hospitalizados e também vai contra o bem-estar animal”, relata o secretário
municipal de ambiente de Londrina, José Roberto Behrend.
Em Arapongas, vizinha de
Apucarana, também foi aprovado, na última terça-feira (17), um “projeto de lei
que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de
estampidos e de artifícios, como: estouros, estampidos, bombas, morteiros,
busca-pés e demais fogos ruidosos”.
O projeto, porém, ainda precisa
da sanção do prefeito, mas prevê multa semelhante ao de Londrina e abre exceção
para “os denominados ‘fogos de vista’ e luminosos, assim como os similares que
acarretam barulho de baixa intensidade”.
Em Apucarana, por outro lado,
ainda é permitida a soltura de fogos de artifício com barulho. Porém, se
dependesse apenas de pessoas como Rosilene Silva, a cidade também já estaria
dentre as do país que já vetaram a soltura de fogos com ruídos. “Eu tenho três
cachorros, três cachorras e três bebês. Eu sou totalmente contra fogos. Eles
(os cachorros) se escondem de medo”.
Segundo Rosilene, seus cachorros
gritam quando ouvem os fogos de artifício, o que a faz lhes dar atenção especial
nesses momentos. “A gente tem que ficar o tempo todo dando atenção e carinho
para passar o medo deles. Tinham que por uma lei para acabar com fogos de vez
porque nossos bichinhos sofrem muito”, comenta.
Segundo a vereadora Marcia Sousa
(PSD), autora do Projeto de Lei nº
173/2018, que dispõe sobre o uso de
fogos de artifícios silenciosos em
eventos públicos e particulares em Apucarana, após ter sido retirado de pauta
em fevereiro de 2019, seguimentos ligados à proteção dos animais colheram
assinaturas para reapresentar o mesmo projeto por iniciativa popular. “Hoje
eles já têm a quantidade de assinaturas certas, que é 3% do total de eleitores
do município”.
De acordo com ela, os seguimentos
irão protocolar o projeto no início do processo legislativo de 2020. “Todos
esses protetores individuais, essas associações de proteção aos animais, já têm
o projeto pronto, adequado, já têm as cinco mil assinaturas que estão previstas
dentro do total de eleitores, e eles só estão aguardando esse momento ideal
para fazer o protocolo desse projeto por iniciativa popular”, revela.
Segundo a vereadora, já era um
desejo da população anteriormente e agora com toda a onda de aprovação não tem
como os vereadores se posicionarem contrários, até porque iriam se posicionar
contra seus próprios eleitores. “É também por uma questão de consciência. Não é
só o animal que sofre, são as pessoas com deficiência, os idosos”.
“Ninguém quer a extinção dos
fogos. Ninguém quer acabar com o emprego das pessoas que trabalham nessas
empresas. Nós queremos, sim, poder participar das festas com as pessoas com
deficiência, com os idosos e com os animais de maneira que todos possam de
divertir”, finaliza Marcia.
Com informações do Portal Bonde,
da Folha de Londrina e da Câmara Municipal de Arapongas